quinta-feira, 28 de junho de 2012

Líderes bem equilibrados


Sob este título, estudaremos as virtudes relacionadas com o equilíbrio emocional e temperamental tanto dos líderes como dos demais cristãos.

“Temperante”
I Tm 3.2. Ver também I Tm 3.11 e Tt 2.2.
O indivíduo temperante tem uma perspectiva clara e profunda da vida; seus prazeres não são primariamente os dos sentidos, mas, sim, os da alma; não se dá a excessos (na alimentação, no trabalho, na doutrina), mas é moderado, equilibrado e cuidadoso. Esta virtude relaciona-se com os gostos e hábitos físicos, morais e mentais. Ver Fp 4.5.

“Sóbrio”
I Tm 3.2; Tt 1.8.  A palavra grega, que nestas passagens é traduzida por “sóbrio”, aparece em Tt 2.2,5 e é traduzida por “sensato”.  Também pode significar “prudente”. Talvez o melhor comentário sobre o que Paulo tinha em mente se encontra em Rm 12.3. O apóstolo queria instruir os cristãos a fazerem uma avaliação mais “sóbria”, “sensata” ou “prudente” de si mesmos em relação a Deus e aos outros cristãos. Ver Rm 12.4-8; 1 Co 12.14-27. Nas igrejas de Roma e de Corinto, havia crentes que tinham uma opinião demasiadamente elevada acerca de seus respectivos dons espirituais e posição no corpo de Cristo. Conseqüentemente, Pauto teve de escrever-lhes: “digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém, antes, pense com moderação…” (Rm 12.3). As pessoas sóbrias são necessariamente humildes. Elas têm uma opinião equilibrada a seu próprio respeito. Estão cônscias de que tudo o que têm (dons, habilidades, posses, etc.) vem de Deus. Sem Ele, não são nada (Jo 15.4).
Todavia, esta virtude não significa fraqueza. Ter uma perspectiva adequada do nosso lugar dentro da família de Deus e reconhecer que não somos nada sem Cristo, não significa que devemos ser tímidos, retraídos, sem auto-estima, sentindo-nos incapazes. Timóteo, ao que parece, tinha problemas neste setor. Paulo escreveu-lhe: “…te admoesto que reavives o dom de Deus, que há em ti… Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. Não te envergonhes, portanto… “ (II Tm 1.6-8). E “ninguém despreze a tua mocidade…” (I Tm 4.12).
As pessoas, mesmo crentes, freqüentemente vão a dois extremos. Ou se consideram um fracasso ou têm uma opinião exagerada de si mesmas. Precisamos saber que tudo o que somos e temos provém de Deus, graciosamente. Por outro lado, devemos reconhecer e usar os recursos materiais, os talentos naturais e os dons espirituais que Deus nos tem dado e com eles fazer grandes façanhas para Deus (II Co 3.4-6a; Fp 4.13).

“Modéstia”
I Tm 3.2.  No original grego, o termo significa “bem comportado”, “respeitável’, “ordeiro” ou “bem- organizado”.  Paulo está dizendo aqui que o líder da igreja deve ter uma vida bem organizada, tanto no que diz respeito à moral interior como no que se refere à conduta exterior. Pensamentos e conceitos organizados, arrumados e limpos; vestimenta, calçado, cabelo, barba, casa, jardim, mesa de trabalho, carro, tudo bem tratado e com boa aparência. Paulo usa a mesma palavra quando fala da maneira como as mulheres devem se vestir (I Tm 2.9-10).
A forma verbal dessa palavra é ainda mais esclarecedora. Aparece em Mt 12.44 (casa varrida e ornamentada), Mt 23.29 (túmulo adornado), Mt 25.7 (lâmpadas preparadas), Lc 21.5 (templo ornado  de belas pedras e de dádivas). Mas talvez o uso mais expressivo do termo seja o que Paulo lhe dá em Tt 2.9-10. Os servos devem ser obedientes, não respondões etc., “a fim de ornarem… a doutrina de Deus, nosso Salvador”. Esta ilustração, naturalmente, alarga o conceito da respeitabilidade ou modéstia. Paulo está dizendo que um homem respeitável ou modesto adorna os ensinamentos do Bíblia. A fala, a veste, o escritório, o lar, os negócios – tudo deve ser mantido em ordem, com boa aparência, a bem do testemunho e da doutrina. Nosso Deus é ordeiro!

“Não dado ao vinho”
I Tm 3.3,8; Ti 1.7. A posição bíblica nessa questão de beber ou não beber vinho (ou bebidas alcoólicas como cerveja, e outras mais fortes) é a de equilíbrio, de moderação e cuidado. Paulo diz: “não dado ao vinho” e “não inclinado a  muito vinho”. Em I Tm 5.23 ele mesmo recomenda ao jovem pastor Timóteo: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades”. Naquela época, o vinho era reputado medicamente útil na ajuda à cura de várias enfermidades; e quem sofria de dificuldades de digestão poderia ser ajudado mediante o uso moderado do vinho.
Em suas epístolas, Paulo combate a posição extremada dos hereges gnósticos da época, os quais pregavam o ascetismo (práticas de abstinência com fins espirituais ou religiosos). Ver I Tm 4.3-4; Cl 2.16,18. E também Jo 2.1-11; Mt 11.19.
Por outro lado, o mesmo apóstolo e outros autores sagrados condenam veementemente o uso abusivo do vinho (suco de uva fermentado) e de bebidas fortes. Paulo escreveu aos Efésios: “Não vos embriagueis com vinho no qual há dissolução…”  (Ef 5.18). E o sábio Salomão escreveu nos Provérbios: “Para quem são os ais? para quem os pesares?… para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho quando… resplandece no copo…” Em outras palavras, se o vinho lhe parece tão atraente, tentador, evita-o! Ver Pv 23.29-35.
Há um outro aspecto deste assunto que precisamos considerar. Embora Paulo não ensinasse a abstinência total por motivos ascéticos (que estimulam o orgulho espiritual), ele disse aos romanos: “… é bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar”  (Rm 14.15-21 e 15.1-3). O amor aos irmãos é o princípio mais elevado.
Assim, temos dois ensinos diretos na Palavra de Deus em relação ao vinho ou outra bebida forte:
a)    Não podemos ser adeptos da bebida e jamais devemos permitir que ela nos influencie negativamente.
b) Haverá circunstâncias em que a melhor coisa a fazer é abster-nos totalmente do vinho (e bebidas alcoólicas) a fim de não servir de escândalo para outros.
Os líderes, mais que os seus liderados, têm o dever de praticar estes princípios.

domingo, 17 de junho de 2012

Lideres qualificados, igrejas santificadas - É preciso ser irrepreensível

É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (I Tm 3.2)

alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;” (Tito 1.6-7)

Presbíteros, diáconos e os crentes de modo geral devem ser irrepreensíveis (I Tm 3.2; Tt 1.6.7). Paulo coloca esta virtude em primeiro lugar porque ela é a principal e engloba todas as outras.

O significado do termo.
Irrepreensível é “o que não merece censura; que não pode ser repreendido” (Dicionário KLS). Esta qualidade relacionada por Paulo não constitui uma novidade no pensamento do Novo Testamento.
Quando a igreja enfrentou o seu primeiro problema de organização em Jerusalém, os apóstolos recomendaram que sete “homens de boa reputação” fossem escolhidos para ajudar a resolver o problema da distribuição dos alimentos (At 6.3). A idéia é a mesma. Um homem irrepreensível é um ho-mem de boa reputação, de comportamento exemplar.
Quando Paulo chegou a Listra em sua segunda viagem missionária, ele ouviu falar de Timóteo. “Dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio” (At. 16.2). Em outras palavras, Timóteo tinha uma “boa reputação”; era “irrepreensível” em todo o seu procedimento. Observe três coisas:
(a)    As pessoas falavam sobre Timóteo. Uma boa reputação gera comentários, antecedentes po-sitivos.
(b)    Mais de uma pessoa estava falando bem de Timóteo. Este é um bom teste para saber se uma pessoa tem ou não uma boa reputação. Todos temos um ou dois amigos que nos admiram, mas o que as pessoas em geral estão dizendo?
(c)    Os irmãos falavam bem de Timóteo em Listra e Icônio. A reputação de Timóteo era boa em casa e longe de casa. Quando nos dois lugares há concordância de bom testemunho acerca de um homem, podemos saber com certeza que ele é irrepreensível. Paulo ficou impressionado com a reputação de Timóteo. Este era o homem (um jovem) que ele queria que “fosse em sua companhia” (At 16.3).
Leva tempo edificar urna boa reputação. Mas deveria ser o alvo de cada cristão. Deve acontecer na-turalmente enquanto crescemos e amadurecemos na vida cristã.

“Desenvolvei a vossa salvação…”
Como dissemos, esta qualidade, que engloba todas as outras, não aparece somente aqui em I Tm 3 e Tt 1. Paulo, em Ef 1.4, ensina-nos que Deus “nos escolheu nEle (Cristo) antes da fundação do mun-do, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele”. E em CI 1.21-22 diz que “Ele nos reconciliou… para apresentar-nos perante Ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Ver também Ef 5.25b-27). Em I Co 1.8, lemos esta promessa:  “Cristo vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo”. Cristo começou uma “boa obra” em nós e há de completá-la! (Fl 1.6).
Em Fl 2.12b,15 somos exortados a cooperar com o Salvador, não na salvação propriamente, mas no desenvolvimento das virtudes que devem caracterizar a vida dos salvos: “… desenvolvei a vossa salvação para que vos torneis irrepreensíveis… inculpáveis no meio de urna geração pervertida e corrupta…”  Não há necessidade de empurrar estas virtudes para o “dia de Cristo”.  Ou seja, não devemos nos acomodar e pensar que só no fim do mundo, no dia da volta de Cristo é que seremos irre-preensíveis. Pedro exorta aos que aguardam aquele dia:  “…empenhai-vos por ser achados por Ele… sem mácula, irrepreensíveis…  E crescei na graça…” (II Pe 3.10-18).

“Modelos do rebanho”.
Vê-se, nestas passagens, que todos os filhos de Deus devem ser irrepreensíveis. Mas em I Tm 3.l-13 e Tt 1.5-9, aprendemos que os presbíteros e diáconos, por razão de suas posições de liderança, devem ser “modelos do rebanho”, nisto e em tudo o mais (I Pe 5.3). O apóstolo Paulo, que também ocupava posição de liderança, pôde escrever aos tessalonicenses. “Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes” (I Ts 2.10. Ver At 20.18; I Co 11.1). Este procedimento irrepreensível de Paulo e seus companheiros em Tessalônica produziu frutos maravilhosos porquanto os muitos novos convertidos naquela cidade tornaram-se “imitadores”  do apóstolo e, eles próprios, “modelos para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (I Ts 1.6-7). No verso seguinte, Paulo lhes diz: “… de vós repercutiu a palavra do Senhor… e por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus…” Outra vez, a “boa reputação”! Somos irrepreensíveis?

Um pastor, discutindo esta virtude cristã com um grupo de homens, perguntou-lhes o que pensavam a respeito e que palavras usariam para descrever um homem irrepreensível. Abaixo, relacionamos as respostas daqueles homens. Pense em cada uma delas, faça um exame de consciência e escreva “sim” ou “não” nas colunas, conforme o seu caso. Você pode acrescentar outras palavras.

UM HOMEM (OU MULHER) IRREPREENSÍVEL É:

·        Amável
·        Cordial
·        Humilde
·        Honesto
·        Trabalhador(a)
·        Perseverante
·        Organizado(a)
·        Administra bem o tempo, o dinheiro etc.
·        Admite quando erra
·        Aceita orientação
·        Cumpre a palavra
·        Transparente; as pessoas sabem o que ele(a) pensa
·        Não perde a calma; tem domínio próprio
·        É consistente (vive a fé que professa)


sábado, 16 de junho de 2012

O Líder e o seu Lar


1 Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. 2 É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3 não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; 4 e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito 5 (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); 6 não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. 7 Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo. 8 Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, 9 conservando o mistério da fé com a consciência limpa. 10 Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. 11 Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. 12  O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. 13 Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.(I Timóteo 3: 1-13)

5 Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: 6 alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. 7 Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si(Tito 1:5-8)


Vamos estudar as qualidades mencionadas por Paulo em I Tm 3.1-13 e Tt 1.5-8 e que estão relacionadas com o lar do pastor, do presbítero e do diácono, em especial, e dos cristãos, de modo geral.

CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER QUALIFICADO

1) ESPOSO DE UMA SÓ MULHER
Rev. Moacir Pereira da Silva
            A expressão não quer dizer que o líder cristão tem que ser casado. Significa, sim, que ele tem que ser puro e, se casado, deve ser absolutamente fiel à sua mulher. É preciso lembrar que esta recomendação foi feita num tempo em que a poligamia era muito comum. Muitos conversos ao cristianismo eram de procedência pagã e praticantes da poligamia. Havia judeus que a admitiam. Em nossos dias, as leis e os códigos de moral não permitem a poligamia, mas os casos furtivos ou públicos de infidelidade conjugal e de concubinato se multiplicam. O cinema, a televisão, a literatura e os pseudo-conselheiros matrimoniais têm contribuído muito para isto. E, que tragédia! Alguns crentes e mesmo líderes de igreja têm cedido às pressões e às tentações. Note a importância que Deus dá aos votos feitos no casamento. • MI 2.14-16. Ele foi testemunha dos mesmos, e não se esquece.

2) QUE GOVERNE BEM A SUA PRÓPRIA CASA
            Em nosso dias, mais e mais homens e mulheres estão confusos a respeito desta importante questão: o governo da casa. Há maridos tiranos, machistas, totalitários... E há aqueles que se curvam, se rendem, entregam o "governo da casa". Cuidam do seu trabalho (às vezes nem isto) e deixam para a esposa o controle das finanças, das compras, dos horários, e a criação e educação dos filhos. Isto é muito cômodo... e trágico. Não importando o grau de submissão de sua mulher (Ef 5.22-24) e da obediência dos filhos (Ef 6.1), o marido e pai deve assumir plenamente a sua posição de "cabeça"  e governar bem a sua casa. A razão desta exigência, no caso dos líderes da igreja é simples: ”pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da casa de Deus?”

3) HOSPITALEIRO
            Se os cristãos de modo geral devem "praticar a hospitalidade" (Rm 12.13), muito mais os líderes da Igreja. As portas de suas casas devem estar abertas para pregadores e evangelistas itinerantes, músicos,cantores, irmãos em Cristo e mesmo estranhos (ainda que certos cuidados sejam necessários nestes dias de tanta exploração, maldade, violência).  Convidar irmãos para uma refeição, acolher um pequeno grupo de estudo bíblico e comunhão são formas de praticar a hospitalidade. Ver Lc 10.38; At 10.22-27; 76.15; 16.34;Rm16.23; I Co 16.19.

CONCLUSÃO
            Estamos às portas da eleição de presbítero e diáconos para a nossa igreja, precisamos observar os homens que possuem estas qualidades que Paulo afirma ser necessário para aqueles que aspiram ao episcopado. Líderes qualificados lideram primeiramente a sua própria casa.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Guarde o seu coração!


“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes de vida.” Provérbios 4.23

Gosto desse versículo, alias, gosto de falar das coisas que dizem respeito ao coração.

A Bíblia refere-se ao coração de forma muito clara, mostra-o como o âmago do nosso ser. Nossos atos vêm sempre do coração, é o que determina as atitudes e o comportamento. Sim, e é do nosso coração que procedem fontes do bem e do mal. Confira:

“O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” Lucas 6.45

O coração humano é o órgão que necessita de cuidados especiais. Ele é o responsável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo.

Deus atribui grande valor ao nosso coração, tanto que nos instrui a GUARDÁ-LO! Ele orienta que acima de todas as coisas que se devem guardar, devemos guardar o nosso coração. E, só guardamos aquilo que é valioso, não é mesmo?

O significado de GUARDAR é defender; olhar; velar por; acautelar; conservar; reservar; observar; livrar; evitar a. Assim, guardar o coração é mantê-lo sob constante cuidado e observação!

O coração é enganoso, traiçoeiro e frágil, precisamos manter constantemente a nossa atenção voltada para ele.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”
Jeremias 17: 9

Guardar o coração de que? De um mundo que tem perdido seus fundamentos, que jaz o maligno! Guardar o coração da maldade, do ressentimento, avareza, mágoa, tristeza, depressão, ilusão, ira, inveja, impureza, da fofoca, da idolatria, do engano, da soberba, da ganância, da ofensa, das palavras torpes, da imoralidade.

Ah…eu poderia citar uma infinidade de coisas das quais devemos proteger os nossos corações, e resumindo… Devemos guardar o coração de tudo aquilo que desagrada ao coração de DEUS!

A Bíblia diz que nosso coração é cego (2co4.4), duro (Ez11.19;36.26), morto (Ef2:1,5) e incapaz de submeter-se à Lei de Deus (Rm8:7,8). Somos por natureza tendenciosos para o mal; porém, quando aceitamos a Jesus como nosso único Senhor e Salvador, ELE faz um transplante em nossas vidas. Exatamente! Ele nos dá um novo coração. Senão vejamos:

“Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.” — Ezequiel 36:26.
Nesse quadrante, quando o coração foi purificado, é dever nosso, como cristãos guardá-lo sem mancha.

Noé manteve seu coração guardado no altar de Deus porque ELE andava com DEUS. Ele conhecia a Deus na intimidade, Ele ouvia constantemente a voz de DEUS e obedecia, pois seu coração estava bem guardado.

Andar com Deus é muito mais que simplesmente freqüentar uma igreja, prestar culto,fazer boas ações, cantarolar louvores. Da mesma forma que ter um violão em casa não faz de você um violonista, ir à igreja não faz de você um cristão.

Sabe…fico triste ao ver que tem muitos cristãos abrindo o coração para as coisas passageiras desse mundo, e assim, pisando em territórios onde DEUS NÃO ESTÁ PRESENTE! Pensam que se “desviar” um pouco dos passos de JESUS não fará mal. É nesse engano que mora o perigo! A misericórdia de Deus se estende para sempre aos que O TEMEM e não para os que BUSCAM uma oportunidade e uma justificativa para pecar!

Só é possível manter o coração em total proteção, guardado das contaminações desse mundo e de nossa própria natureza pecaminosa andando dia a dia com Deus, abrindo nosso coração a Jesus e observando o nosso caminho segundo a Palavra de Deus.

Aqueles que guardam seu coração verão a Glória do Coração de Deus!
Para estar com o coração seguro é necessário fazer do Esconderijo do Altíssimo a nossa morada! Não existe lugar seguro fora da presença de Deus!

Não busque orientação em seus sentimentos e sim nas verdades da Escrituras, só assim, somos capacitados a manter o nosso coração bem guardado. A guarda diligente do coração é essencial para o nosso crescimento na graça de nosso Senhor Jesus.

Proverbios 4

20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido.
21 Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração.
22 Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo.
23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.

Nesse processo de guardar o coração precisamos ser insistentes na oração, incansáveis nas súplicas e persistentes na tribulação. Isso será paz e alegria para a nossa vida!

“Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração” Salmos 119: 2

Fonte: http://www.missaoemcristo.com/portal/modules/smartsection/item.php?itemid=2200